Reúso de água na produção de cerveja: 4 etapas onde é possível aplicar

Com diversas aplicações ao longo do processo produtivo das cervejarias, a água é considerada uma das principais matérias-primas da cerveja (representa em torno de 90% do volume total da bebida). Em virtude dessa utilização em grande quantidade, diversas técnicas ajudam no reúso dessa substância. A adoção de tais práticas traz vários benefícios, pois ao evitar o desperdício desse recurso natural, é possível reduzir os gastos e ainda prezar pela sustentabilidade.

Sob essa perspectiva, listamos quatro etapas da produção de cerveja onde a água aplicada nelas pode ser reutilizada:
  • Resfriamento do mosto – a água é utilizada na troca de calor com a mistura até que a temperatura esteja abaixo de 26°C (costuma levar cerca de 30 min). Com a instalação de um sistema fechado, o desperdício pode chegar a zero.
  • Limpeza geral – a água da chuva é comumente usada para lavagens simples, como limpeza do local de produção, garrafas e até na irrigação das plantas. A instalação de um sistema de captação de água da chuva é uma boa opção já utilizada por diversas marcas, devido ao seu alto ROI (retorno sobre o investimento) em pouco tempo.
  • Pasteurização – sucessora da etapa de envase, a pasteurização é onde as garrafas são imersas em água e aquecidas até atingir uma temperatura de cerca de 65°C e, logo depois, resfriadas a temperatura ambiente. Em Ribeirão Preto, uma fábrica costumava gastar 3,75 litros de água com cada garrafa que era submetida ao processo, e foi capaz de reduzir esse consumo através de medidas inteligentes de reúso da água.

Nessas três etapas onde a água não é adicionada ao volume do mosto, a reutilização é economicamente viável, pois o tratamento dessa água pode ser feito de forma branda, podendo ser utilizada diversas vezes ao longo da produção da cerveja no mesmo dia. Por outro lado, aquelas onde a água vem da mistura envolvem maior complexidade nas técnicas de reúso.

O processo de fervura, por exemplo, tem uma duração que varia de 60 – 90 min (a maioria das receitas leva 70 min), havendo uma perda de água de cerca de 10-15% em volume. Por exemplo, para um volume de mostro de 50 litros, há uma perda aproximada de 6,25 litros de água em forma de vapor; podendo ser utilizada em outras etapas da produção após o uso de técnicas de condensação.

Fontes: Folha; G1.

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