É fácil compreender que um dos principais desafios enfrentados na indústria de alimentos está na predição do tempo de prateleira de um produto, bem como na identificação dos fatores que interferem diretamente na sua vida útil.
De modo simples, o shelf-life é o termo utilizado comercialmente que se refere ao tempo em que um produto alimentício perecível pode permanecer na prateleira sem que a sua integridade seja prejudicada. É de grande importância, pois auxilia na administração do intervalo de tempo de estocagem por parte dos comerciantes e no tempo de consumo por parte dos compradores.
Uma empresa que busca fidelizar o seu produto no mercado deve conhecer bem os fatores sensoriais, físico-químicos e microbiológicos que eventualmente podem interferir no seu shelf-life, garantindo assim, além do cumprimento das normas legislativas relacionadas à segurança dos alimentos, uma boa reputação da marca frente ao setor no que se diz respeito à qualidade e durabilidade.
Pensando nisso, preparamos um artigo que irá explicar ponto a ponto estes fatores, abordar os principais conceitos e esclarecer dúvidas recorrentes acerca da vida útil de um produto.
Como visto anteriormente, aumento da validade é uma grande aliada para o crescimento e expansão dos produtos, o que resulta em um aumento de faturamento. Mas, também deve ser feito com cautela e estudos devido às inúmeras variáveis que precisam ser estudadas e analisadas que proporcionam o aumento de validade ser bem eficaz, isto é, sem danificar a integridade e qualidade do produto. Porém, existem inúmeras empresas que não levam em consideração essas variáveis, buscam aumentar a validade o máximo possível, o que pode resultar em produtos de qualidade duvidosa que desagregam valor a marca.
Mas é possível aumentar a validade sem perder a qualidade do produto. O que deve ser feito são estudos das variáveis, isto é, dos fatores que influenciam na validade de um produto. Podendo ter tanto caráter intrínseco como extrínseco, é válido citar os seguintes fatores:
FATORES INTRÍNSECOS:
PRESENÇA DE OXIGÊNIO
É um fator de extrema importância. Pois, existem uma infinidade de microrganismos que são aeróbicos, isto é, se reproduzem na presença de oxigênio. Assim, sabendo a porcentagem de oxigênio no produto, pode-se medir esforços para reduzir e até cessar esse percentual visando a redução da atividade microbiana que reduzem o tempo de prateleira de produtos.
PRESENÇA E ATIVIDADE DA ÁGUA
Os níveis de água presentes no produto interferem tanto nas características sensoriais do produto, a exemplo da textura crocante, quanto na proliferação de microrganismos, devido ao fato de promover a reprodução de bactérias e fungos. Pode-se citar a técnica de liofilização como uma das possíveis soluções, que seria retirar a água visando a conservação de alimentos, que são chamados de desidratados.
NATUREZA DA MATÉRIA PRIMA
Deve ser levada em consideração, pois dependendo da natureza da matéria prima, cuidados devem ser tomados no processamento. Matérias primas que possuem boa qualidade contribuem para o aumento de validade, mas as condições de como elas foram adquiridas também é um fator que influencia. Um exemplo disso seriam as frutas colhidas em tempos secos e úmidos, pois se for colhido em tempos úmidos, se faz necessária lavagens extras, algo que as que foram colhidas em tempos secos não precisam.
FATORES EXTRÍNSECOS:
EMBALAGEM
A embalagem está em contato direto com o alimento e suas características podem tanto prolongar quanto retardar o prazo de validade do produto. Por isso, podem ser feitos estudos e para a escolha da embalagem deve ser levada em consideração as características do produto a qual vai embalar. Um exemplo da influência da embalagem são as que possuem a atmosfera modificada, que ao alterar a atmosfera, pode retirar agentes que contribuem para a diminuição do prazo de validade, a exemplo do oxigênio.
CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO
Fatores como luminosidade, temperatura e umidade podem afetar no processo de decomposição da mercadoria, dependendo do local de armazenamento desses produtos. Assim, deve-se estar atento às condições do local de reserva dos produtos e como estão sendo expostos. Por isso, é interessante apresentar uma boa gestão do estoque para não ter prejuízos na empresa relacionado a perda de produtos.
TEMPERATURA
A temperatura, juntamente com umidade, se torna um dos grandes fatores que contribuem para a diminuição do prazo de validade. Pois, quando a temperatura se encontra na faixa chamada de zona de perigo, entre 5°C e 60°C, ocorre a atividade de proliferação de microrganismos. Com isso, deve-se estar atento a temperatura, pois com a proliferação de microrganismos, gera a deterioração do alimento.
HIGIENE NO MANUSEIO DO PRODUTO
Boas práticas de fabricação e manipulação de alimentos por parte do cliente são fatores importantes. Pois, podem minimizar a incidência no aparecimento de microrganismos que gera a invalidade do produto.
Como apontado, esses fatores contribuem muito para o surgimento de microrganismos no produto. Mas, algo que se deve atentar é que nem todas as ações microbianas podem não ser perceptíveis em relação aos sentidos humanos. Logo, é importante que ocorram testagens microbiológicas para averiguar esse fator no alimento.
Conclusão:
Acompanhamos os principais fatores responsáveis pela durabilidade de um produto, como aumentar a validade sem perder a qualidade e sua importância para o aumento da estima de um produto no que se diz respeito a qualidade e durabilidade na prateleira.
Outro ponto importante, é a necessidade de implementação de metodologias seguras para uma detecção precisa das inúmeras variáveis que interferem na validade de um alimento, sendo imprescindível a realização das análises por profissionais da área.
A Elementus trabalha há mais de 10 anos no setor e possui diversos cases de sucesso em shelf-life como o da Bold bebida natural, onde além de garantir o aumento da vida útil do produto, auxiliou na concretização da fidelização destas bebidas no mercado.
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